O Egoísmo inevitável
somos inevitavelmente egoístas. não é culpa nossa.vivemos separados uns dos outros.obrigados a viver dentro de um corpo, de uma visão.de uma pessoa.um sentir.um mundo.somos invarialvelmente, biológicamente condenados ao egocentrismo.são as nossas necessidades, os nossos receios, os ossos instintos que sentimos.podemos perceber os do outro, mas nunca senti-los realmente.não entramos dentro dele, não ficamos debaixo da sua pele.separámo-nos algures -as almas. às vezes roçamo-nos mas logo nos separamos.às vezes achamos que nos juntamos,mas não somos ar, nem a música. somos pessoas.e pessoas presas.o que nos distingue é apenas a maior ou menor pureza de intenção com tentamos chegar ao outro. o maior grau de despreendimento com a nossa satisfação pessoal.a forma como nos damos ou tentamos dar.
vivemos de costas voltadas.
voltadas..
imaginamos traços de rostos e expressões que não conseguimos,
não podemos.
sentir.
de costas voltadas.
para dentro de nós.
voltadas para o mundo.
o mundo de nós.
de o /eu apenas.
de costas voltadas.
costas contra costas.
e por vezes.
poucas.
sentimo-nos roçar
ou parecemos sentir.
roçar os cabelos.
quando deixamos ombros a descoberto.
[e que belo momento é esse. antes da separação das almas.antes da música acabar.antes de te «conhecer».]
Imaginamos olhares.
sorrisos.
lágrimas.
construções de raciocínios e sentimentos.
prevemos reações
e acções
e amor
e ódio.
e amizade
e inimizade.
e só.
mas seguimos por instintos.
pelos sentidos
-medo e desejo
e suas variantes
(querer,necessidade,fome,ambição,obcessão
-fazemos a gradação que melhor nos convem)
e desenhamo-las nos outros
(conforme nos convém também-
a mentira e a verdade
- a grande tômbola das relações.)
e por vezes
sem nunca
lhe termossequer
visto
o
rosto.
estrelas mortas suspensas num universo total.a paz de cemitério.esmagadora. momentos rosa, segundos de entropia.de acreditar. alimentam-nos,perpetuando-nos como pontos de luz a milhões de anos-luz em qualquer dimensão.por vezes é tanto no que damos que aquecemos inteiros sistemas planetários. mas estamos invariavelmente separados e sós.
imortalidade será apenas mais solidão.
preferia ser um cometa rasgando espaço e tempo. espero que um colida em mim.
vivemos de costas voltadas.
voltadas..
imaginamos traços de rostos e expressões que não conseguimos,
não podemos.
sentir.
de costas voltadas.
para dentro de nós.
voltadas para o mundo.
o mundo de nós.
de o /eu apenas.
de costas voltadas.
costas contra costas.
e por vezes.
poucas.
sentimo-nos roçar
ou parecemos sentir.
roçar os cabelos.
quando deixamos ombros a descoberto.
[e que belo momento é esse. antes da separação das almas.antes da música acabar.antes de te «conhecer».]
Imaginamos olhares.
sorrisos.
lágrimas.
construções de raciocínios e sentimentos.
prevemos reações
e acções
e amor
e ódio.
e amizade
e inimizade.
e só.
mas seguimos por instintos.
pelos sentidos
-medo e desejo
e suas variantes
(querer,necessidade,fome,ambição,obcessão
-fazemos a gradação que melhor nos convem)
e desenhamo-las nos outros
(conforme nos convém também-
a mentira e a verdade
- a grande tômbola das relações.)
e por vezes
sem nunca
lhe termossequer
visto
o
rosto.
estrelas mortas suspensas num universo total.a paz de cemitério.esmagadora. momentos rosa, segundos de entropia.de acreditar. alimentam-nos,perpetuando-nos como pontos de luz a milhões de anos-luz em qualquer dimensão.por vezes é tanto no que damos que aquecemos inteiros sistemas planetários. mas estamos invariavelmente separados e sós.
imortalidade será apenas mais solidão.
preferia ser um cometa rasgando espaço e tempo. espero que um colida em mim.
3 acordou e disse:
At 12:37 da tarde, D@s Pl3ktrüm-/v\ädch3n said…
Sim. Imortalidade é (só) mais solidão. A solidão mortal já chega. Mas às vezes faz-nos mais companhia essa sensação de vazio, de abandono, que qualquer agregação social a sugar-nos a inocência da espontaneidade para transformar-nos em mais uma conversa de café banal... Não podemos ser muito mais. Não mata, mas mói. E ser muito menos é absurdo, ainda que só ao ponto de nos sentirmos estúpidos por tentar.
At 9:15 da tarde, Diana said…
milhoes de anos luz.. imortalidade no real não exite, apenas a imortalidade do passado (aquele que nunca morre) que nos deixa tão sós. Deve ser por causa disso que à medida que crescemos nos sentimos cada vez mais sós.. Imortalidade é o passado...
pontos de luz a milhoes de anos luz...
At 12:28 da manhã, Unknown said…
gostei muito do texto mas n curto nada k tejas sp a usar a palavra "entropia" lol :PPP
sim, estamos todos voltados para nos.mas ha uns que estao mais voltados de costas para os outros do que outros.tu es uma das poucas pessoas k eu conheço k mais se roça =) *
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